segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Saudade e Vazio

Ontem, eu amanheci com a seguinte música na cabeça:


"A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado

Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado"


Aí, conversando com um amigo, nós perguntamos: porque somos sempre inesqueciveis para as pessoas erradas? Mas como de fato podemos saber disso, não é?

Acabei me lembrando de tempos antigos, amores antigos e aí veio a saudade. Poque tipo assim, a gente só tem certeza do que ocorre com a gente. E quando nos afastamentos das pessoas, sejam amores ou amigos,  quando perdemos o contato, deixamos de saber a mínima parcela que poderíamos adivinhar do que aquelas pessoas sentiam. E aí, vem a lembrança com suas histórias e sorrisos e pensamos: "como será que eles estão?" 

Mas o destino é algo tão cruel, que faz o tempo passar e perder essas pessoas de vista e ficar apenas as lembranças do que um dia foi vivido e deixa a esperança sobrevoando a razão e dizendo talvez um dia vocês se encontrem e ai como diria o Humberto:

"Um dia desse
Num desses
Encontros casuais
Talvez a gente
Se encontre
Talvez a gente
Encontre explicação...

Num desses
Encontros casuais
Talvez eu diga:
-Minha amiga
Pra ser sincero
Prazer em vê-la!
Até mais!..."


O que ocorre é que depois da saudade, fica o vazio. Vazio de presença onde lembranças são efemeras e o presente fica sem nada para se pensar. Acho que são as férias. Me disseram que as pessoas normais vivem assim. Sem ter o céu caindo sobre suas cabeças o tempo todo, elas podem parar e apreciar o seu entorno. Pra mim, sinceramente, ainda é estranho parar e passar o dia observando as horas escoando, sem ter o que fazer, sem ter o que pensar, esperando a colação de grau, pra poder tirar o CRP e começar a trabalhar e voltar finalmente a ter no que pensar.
 
Talvez, eu seja louca!
 
Sem dramas, sem o céu caindo na cabeça, sem preocupações, sem raivas, sem amarras. Apenas, o doce sabor da solidão e da calma. Acho que isso seria mais fácil se eu tivesse o mar ou um lago para contemplar enquanto não faço nada. Ou, talvez, eu precise de um hobbie... Será que vão me achar louca se eu começar a pintar figuras abstratas sem saber nada de pintura?
 
Já pararam pra pensar como é estranho não ter nada para pensar? Como é viver sem preocupações? Depois de anos e anos de problemas e céus desabando o tempo todinho? Eu ainda fico besta com essa calmaria... É que depois do caos vem a ordem estabelecida pelo vazio de recriar o mundo da forma que a gente quer.
 
E então, ressoa a pergunta, quem você quer ser? E aí Já pensou sobre isso?
 
Bjocas estaladas.... Encontrem o equilibrio do vazio... E  se tiverem idéia compartilhem conosco...
Um dia desses

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