"A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego!
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo!"
Estou em contagem regressiva, para tirar férias desse frio em Garanhuns... E para bagunçar bem muito com meus amigos... Iniciei com essa música, porque é assim que me sinto... Tipo, a sensação aparente de sossego acaba comigo. Estar parada vira uma equação igual a estou morta. Detesto me sentir assim. Quer me ver enlouquecer? Me coloque entre 4 paredes durante mt tempo sem fazer nada. Dia após dia vendo sempre os mesmo objetos, cantos e paredes... DEUS ME LIVRE!!!!
Movimentar-se é a palavra chave. Mudar, transformar, mexer, remexer... Tudo isso mostra o quanto a vida é dinâmica e precisa ser. Estar parado, estagnado é se deixar morrer... é conformar-se... Não é paz... É medo de viver...
Eu tenho medo e admito, tenho medo de ficar parada como meus pais, que não saem do canto, feito meu ex e os amigos deles, todos juntos, socados dentro de um saco, cantam a mesma cantiga: eu sou isso e aquilo... O FODA, O CARA, mas no fim das contas, não sai do canto... Eles tem medo de tentar, cair, se machucar e ver que não são tudo isso, que precisam trabalhar mais... Eu prefiro ser gente... errar... cair... levantar e sacodir a poeira e dar a volta por cima... "Reconhece a queda e não desanima, sacode a poeira e dá a volta por cima"...
Sabem, acho que isso faz parte de ser adulto... Faz parte de qualquer crescimento, na verdade. E precisamos aprender a caminhar assim, manter a esperança da criança. Acreditar em si e em que os outros podem mudar...
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar
Minha dor e minhas lágrimas,
Meus sorrisos e gargalhadas
Tornam-se minhas marcas...
São como tatuagens,
Marcam no meu corpo e alma
Os caminhos que percorri
Nem todos entendem
Porque valorizo
Tanto os sorrisos
Como as lágrimas
É mais fácil esquecer
E dizer apenas "sorria"
Fingir que está tudo bem
Nem sempre é garantia
Prefiro, então,
Nadar contra a corrente
E mostrar pra toda gente
Que assim é melhor de se viver!
(Rosario Câmara, 27/06/10)
Me dispeço assim em versos e prosas, com beijos estalados, lágrimas nos olhos, porque acho que ainda tenho um rio nilo de lágrimas pra chorar. Crescer doí. Mas é assim mesmo...
Prefiro crescer a morrer!
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